segunda-feira, 10 de outubro de 2011

nublado

foi um pacto interno não ser a mesma daquela época. NÃO PERMITIR que a vida fosse a mesma, deixá-la de pernas pro ar. mas nublado me lembra demais e eu não sei por quê. quando todo dia, quando eu podia confiar em todo mundo (e todo mundo que importava), quando eu não devia tudo. quando eu podia (e queria) fazer e não precisava agradecer a ninguém pelo que eu fiz. achei engraçado quando perguntaram se eu tava apaixonada e fiquei me imaginando encontrando o cara, como se não existisse. esqueci? esqueceu? ninguém se interessa ou eu que não deixo ninguém se interessar? megalomaníaca, sempre. tem dia em que preciso escrever. não vai ler. são várias coisas misturadas (e sempre as mesmas). e quase sempre, me poupo, porque escrever me faz lembrar e lembrar me deixa triste e amanhã é segunda. triste, consigo menos ainda fazer o que preciso. e fico mal-humorada. escrever é drama que eu adoro fazer. mas acho que, uma parte disso, é querer dizer que lembrei de e que tive saudade.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

sobre chorar.

quando todas as músicas do mundo te dão vontade de chorar, porque te fazem lembrar o que lembrava toda noite antes de dormir e que passou a não lembrar, porque começou a ir deitar somente quando sabia que iria apenas deitar e dormir e não sonhar e não lembrar. naquele momento do show no qual você não pode sair correndo e quando você tá com o coração aberto o bastante para não prestar atenção na voz, na afinação ou no quanto você gosta do intérprete, apenas no que ele tá cantando e como isso se encaixa na sua vida.