sexta-feira, 30 de abril de 2010

As melhores coisas do mundo.

caí. de novo. literalmente. de novo. ontem, no cinema. primeira vez que vou ao cinema sozinha. gostei, mas achei que gostaria mais. a maioria era casal, comendo pipoca. sentei no cantinho (sempre quis sentar lá no canto, encostada na parede, mas todo mundo gosta do meio). no fim, depois da minha queda, vi um cara de uns 40-50 anos, bem vestido, talvez executivo (parecia rico) saindo de lá, sozinho também. me perguntou, assim como a moça da porta, se eu tinha me machucado. esquisito, porque, pra mim, um cara desses não ia ao cinema pra ver um filme daqueles. quando vi o nome do filme, achei que era demais. depois, fiquei sabendo que era de adolescente e desanimei. mas, no horário que eu podia ir e no shopping que eu queria (e no prazo, porque ganhei ingresso, então tinha até hoje pra ir. com medo de acontecer algum imprevisto hoje #sempreacontece, fui ontem mesmo), eu só tinha duas opções: Alice ou As melhores coisas do mundo. se fosse na minha única alternativa, tinha também o do Chico Xavier. coincidentemente, os três filmes que me sugeriram. como disseram e acho que pensaria a mesma coisa, Alice deve ser legal só na hora, mas depois passa. não tenho muito interesse na história do Chico Xavier também (e eu teria que correr e perderia um pouco do filme até chegar ao cinema). então e também, porque me deixei levar pelas minhas vontades adolescentes, escolhi esse. é um filme sobre adolescentes, que tem um ponto que salva. não é fantástico, mas eu chorei. claro, QUALQUER coisa me faz chorar. até Malhação já realizou essa proeza comigo. mas, provavelmente, não foi porque o filme é ótimo (aliás, deixa eu falar, caí saindo do cinema, as pessoas devem ter achado que eu gostei tanto que até me distraí) e sim, porque me lembrou de coisas da minha vida. é esse tipo de coisa que eu gosto que aconteça com filmes: que mexam comigo. claro que eu gosto dos que me mexem mais. no caso, foi bem pouco. isso que eu também não gosto em filmes: quando eles são rasos, quando podiam entrar mais, machucar mais. quando não vão até o fim, até o extremo. e como fui totalmente descrente e querendo detoná-lo, fiquei o filme todo desconfiada e pensando que a tragédia deles era pequena demais. ridícula, pra ser sincera, comparando ao que tenho presenciado, visto e vivido. aí, parei e percebi que estou competindo desgraças. sempre fui de me fazer de vítima, mas competir pra ver quem sofre mais, quem tem a pior história é BEM horrível. mas tem cada dramazinho bobo em filme, às vezes. tá, eu sou um absurdo e ponto. ah, e eu achava que o famoso era o wordpress. antes de ir, li essa crítica: "A informação digital, que é cada vez mais descartável, ainda não conseguiu matar de vez o gosto de escrever na agenda, manter um diário com papel e caneta. É o caso de Carol, que compartilha apenas com o seu moleskine o que está pensando, sem precisar publicar na Internet cada interrogação que surge". nunca tinha e não tem como eu ter um diário papel e caneta, porque não aceitaria a possibilidade de alguém, conhecido, ler o que eu quero dizer. aqui é quase um anonimato e talvez me proteja de mim, porque, quando escrevo, fico mais sensível. e não escrevo tudo aqui. se bem que, mesmo com o que escrevo, já deixei de ser menos pedra. mas, em relação a "precisar publicar cada interrogação que surge na internet" me pegou realmente de jeito. o crítico falou pra mim. tenho twitter e esse blog e, de fato, quando acontece alguma coisa, eu tenho uma vontade louca de escrever (e não de contar pra ninguém. também, porque, nunca conto nada importante pra ninguém). agora, tô louca pra terminar de ver "O sonho possível". odeio começar o filme, ver um pouco, parar e continuar depois. filme tem que ser tudo de uma vez, mas não deu. ah, sempre forço lembrança, mas, ontem, te vi em outra pessoa. ah 2: é claro que eu não esperava muita coisa de um filme de adolescente chamado "as melhores coisas do mundo". nunca espero coisas boas de qualquer coisa com esse tipo de nome, porque, sempre, o nome é mais bonito que a coisa. ah 3: pouparei vocês dos meus comentários menininha-adolescente sobre o Paulinho Vilhena e o Fiuk.


2 comentários:

  1. Ai,por mim tu pode falar os comentários sobre o Paulinho e o Fiuk hahaha

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  2. HAHAHAHAHHAHAH TUDO relacionado ao Fiuk me lembra você, Kash (e o Fly hahahha)! tá, já que você quer, vou falar hahahahh antes, não sabia que ele fazia Malhação. minha mãe achava parecido, aí eu "ah, não, o Fiuk é mais bonito". depois, descobri e achei ele BEM sem graça. mas, no filme, como ele não é menininho de Malhação, gostei. o Paulinho tava de barba e era professor de violão *-* mas tá meio velhinho. é uma coisa engraçada. qualquer papel que ele faça é o mesmo cara carioca, que fala manso e estufa o peito. eu gostava. gosto ainda, acho. mas me dá uma raiva também /doida hahahha

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