sábado, 13 de agosto de 2011

dez

na defensiva, sempre. principalmente em relação a esse assunto com ela. e é ridículo, porque, afinal de contas, a escolha foi minha. enfim, TODO DIA, penso em trancar a faculdade ou mudar pra outra, mais "concreta", mais exata, que seja só de fazer conta. aí, me vem à cabeça, que eu não gosto dessa, porque eu não consigo. o meu ódio em relação a esse curso seria resultado da minha incompetência, da minha burrice. porque aí é fácil dizer que odeio os professores, os profissionais, a quem devo agradecer por estar lá. e fico pensando que a carreira de exatas ou o que eu queria fazer de verdade são fugas para eu me sentir melhor, pra esconder a minha incapacidade de entender a complexidade. mas e então, as pessoas que optam por essas profissões também estariam fazendo o mesmo? sinto que não quero pensar. sinto que tudo o que eu gostaria de fazer envolve qualquer outra coisa que não a inteligência. fico assustada quando me tratam bem lá. parece que tá tatuado na minha cara o quanto não gosto daquele ambiente e a repulsa pelas pessoas de lá. mas uma menina foi simpática meio que quebrando aquela minha péssima sensação. vou mesmo com todas as pedras na mão, sorrindo sem querer. e continuo me encantando DEMAIS por todo mundo que me dá o mínimo de atenção. milhões de paixõezinhas platônicas por todos que me tratam relativamente bem. continuo querendo não te ver. continuo querendo ser solteira/ conhecer outras pessoas/ ficar por aí. naquela ideia de te encontrar um dia e dar tudo certo. mas já não estou certa de que eu conseguiria. tô gostando muito de ficar sozinha e acho que não tem espaço pra ninguém sério na minha vida. eu não me aguento, eu não te aguentaria. nunca quereria te trair por pensamento e isso acontece a todo instante. não tem solução, você nem se lembra mais de mim. dez anos meus.

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