domingo, 11 de abril de 2010

eremita.

eu nunca entendi as pessoas acharem "tadinha, ela tá sozinha". amo andar sozinha, amo andar de ônibus sozinha. eu e meus pensamentos. ou eu e pensamento nenhum, vendo as lojas, as ruas, as pessoas. as pessoas vivendo. quando você tá com alguém, tem que arrumar assunto, rir. e eu não tô pra isso. gosto do silêncio, da observação. a pior coisa do mundo é todo mundo te dizer "ó, ela tá de brinco". sou desleixada, não me arrumo e não tô nem aí. eu não tenho que ficar bonita pra te agradar. eu não preciso. eu não quero. mas sempre, em todo lugar onde vou, acabo virando "mascote", a "bonitinha", mesmo com todo o meu "anti-social-ismo" atual. todo mundo me tratando como criança. um saco. me falar esse tipo de coisa é jogar na minha cara que eu tô acabada. e que eu não posso. mas eu já sou maior de idade, pelo menos, no rg. diminutivos me irritam bastante. não sou pequena, ou não pretendia ser. "eu não sou nada do que eu era". ou eu sou tudo aquilo que sempre fui e não tinha notado. ou tudo se acentuou, pra pior. pelo signo, achei que sempre quis ser mais, melhor. não quero ser igual. não quero ser pouco. não quero ser aquilo. não quero parecer pequena. excluída. não quero ser aquilo do que tenho nojo. gosto daquela figura, mas não quero pra mim. contraditório. não. é que eu acho lindo, mas, pra mim, sempre esperei mais. feio, né? para os outros, acho muito bonito mesmo e admiro. penso "queria ser igual". mas quando alguém me diz, acho pouco demais pra mim. e não dá pra ser meio. sempre gostei dos extremos. tá, isso parece pra ficar bonito. na verdade, gosto dos extremos, mas acho que sempre fui meio. ou menos. muito pouco. não consigo me livrar do estereótipo, quando sou um pouco simpática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário